Agricultura

PPM agriculture
Máquinas agrícolas: segmento registra queda em 2011
Produção recuou 7,9% e mercado interno, 4,7%

Redação AB


O segmento de máquinas agrícolas registrou queda em 2011 na comparação com o ano anterior (clique aqui para acessar os dados completos da Anfavea). A produção foi de 81.809 unidades, 7,9% a menos que em 2010. As vendas no mercado interno somaram 65.318 máquinas, queda de 4,7%. A menor retração, de 4,2%, foi registrada nas exportações: 18.373 itens foram enviados ao exterior.


A retração no segmento ficou muito próxima às projeções do setor e era esperada porque alguns programas de financiamento em 2010 estimularam as vendas. No mercado interno, os tratores de rodas mostraram retração de 7,3% no confronto com 2010. A queda mais expressiva, 27,7%, ocorreu na venda de cultivadores motorizados.

As colheitadeiras revelaram alta importante em 2011: o mercado interno consumiu 5.338 unidades, 17,3% a mais que no ano anterior. Também registraram alta os tratores de esteiras, 16,4%, e as retroescavadeiras, 9,9%, números puxados pelo bom momento da construção civil.

A Massey Ferguson (AGCO) liderou a venda interna de tratores de rodas, com 14.451 unidades (bem menos que as 17.085 unidades de 2010, queda de 15,4%). O segundo posto em 2011 coube à Valtra, com 11.757 unidades, e o terceiro à Case New Holland, com 10.493. A líder entre as colheitadeiras foi a John Deere, com 1.928 unidades vendidas no ano passado.

Para 2012, as projeções da Anfavea repetem os números estimados para o ano que terminou: produção de 80 mil unidades, vendas ao mercado interno de 65,7 mil e exportação de 18,2 mil.

FONTE: AutomotiveBusiness



Venda de máquinas agrícolas bate recorde


Capitalizados graças aos bons preços obtidos para a maioria das commodities na recém-colhida safra recorde - com 159,5 milhões de toneladas de grãos, segundo a Conab -, produtores rurais de todo o País investem altas cifras na compra de máquinas com tecnologia sofisticada, para melhorar a produtividade das lavouras.

Maio de 2010 a abril deste ano, 66,8 mil unidades de colhedoras e tratores foram vendidos no País, ou 6% mais em relação a igual período anterior, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). "O ano passado, aliás, foi histórico para o setor, com 69 mil unidades vendidas; este ano devemos pelo menos continuar assim", diz Milton Rego, vice-presidente da Anfavea.

Na maior feira de máquinas para o setor da América Latina, a Agrishow, realizada no início do mês em Ribeirão Preto (SP), a empolgação dos fabricantes confirmou-se com os números: a edição deste ano registrou R$ 1,5 bilhão em negócios com máquinas e implementos agrícolas, crescimento de 30% em relação a 2010 - que já era considerado bom pela indústria.

Além disso, estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) dão conta de que este ano o segmento deve crescer 15% em relação ao anterior. Com a busca cada vez maior pelos mais variados produtos, desde tratores e colhedoras até implementos como adubadoras, plantadoras e pulverizadores, há receio no setor sobre a capacidade instalada para atender pedidos até o início da próxima safra de verão, no fim do ano.

"Essa indústria não costuma trabalhar com estoques; fabrica conforme a demanda", diz o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, Celso Casale. "Ou, pelo menos, se o volume de pedidos for elevado, pode ocorrer de o produtor ter de esperar um prazo maior para receber o equipamento."

Por acreditar no firme crescimento do setor e justamente para evitar um "apagão" agrícola, as grandes fabricantes estão se movimentando para ampliar seus parques produtivos.

A John Deere, líder em colhedoras de grãos no País, estuda áreas para a instalação de uma nova fábrica. O diretor de Relações Institucionais para a América do Sul da empresa, Alfredo Miguel Neto, afirma que a empresa, que faturou 25% a mais no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2010, anunciará em breve aportes nesse sentido. A empresa fabrica, além de colhedoras de grãos e de cana-de-açúcar, tratores e implementos nos municípios gaúchos de Montenegro e Horizontina e em Catalão (GO).

Investimento. Em situação mais confortável está a CNH, do Grupo Fiat, dona das marcas Case e New Holland, de tratores agrícolas e colhedoras. Com o aporte recente de R$ 1 bilhão no complexo industrial em Sorocaba (SP), inaugurado há um ano, a empresa elevou em 8 mil unidades/ano a capacidade de fabricação. Segundo o diretor comercial para a América Latina da Case, Cesar Di Lucca, isso permitirá que a empresa atenda "com certa tranquilidade" um número maior de encomendas. "Além disso, estamos investindo US$ 100 milhões na construção de uma planta na Argentina, que também nos dará suporte."

A Santal, do segmento de máquinas e implementos para cana-de-açúcar, instalou nova unidade em Cravinhos, vizinho a Ribeirão Preto, sede da empresa. "Tivemos de aumentar a capacidade produtiva diante da demanda", diz o gerente de marketing e produtos, Marco Antônio Gobesso. A nova unidade recebeu aporte de R$ 1,5 milhão. A antiga produz mais veículos de transbordo (carretas que transportam a cana até a usina). "Para cada colhedora, são necessários quatro transbordos", explica Gobesso. A nova fábrica, que estará em pleno funcionamento em junho, terá capacidade para 20 colhedoras por mês.

Na unidade de Ribeirão, eram fabricadas cinco dessas máquinas por mês. A produção de veículos de transbordo passou de oito para 14 unidades por dia. Gobesso diz que a linha de produção de plantadoras também será ampliada no segundo semestre.

Tradicional fabricante de implementos agrícolas, a Jumil, com duas fábricas em Batatais (SP), investiu em melhorias no parque fabril e na contratação de mão de obra. Em 2010, vendeu cerca de 300 plantadoras de verão, principal item da marca. Este ano, a meta é vender entre 450 e 500, diz o presidente do conselho, Rubens Dias de Morais.

"Fizemos investimentos pontuais para acompanhar esse crescimento, mas a indústria segue um planejamento de longo prazo", afirma Morais. O faturamento da empresa deve crescer 30% em 2011. "Em 2010, o volume de negócios foi de R$ 140 milhões e, em 2011, a meta é chegar a R$ 190 milhões". A companhia possui 700 funcionários e emprega outras 250 pessoas terceirizadas.

Na Agrishow, o volume de propostas recebidas pela Jumil chegou aos R$ 35 milhões, ante R$ 25 milhões no ano passado. "É importante destacar que as exportações, sobretudo para a África, terão papel fundamental nessa expectativa de crescimento", diz Morais. Hoje, as exportações representam 20% da produção da Jumil e a meta é chegar a 30%.

Crescimento. Diretor-superintendente da fabricante de implementos e máquinas agrícolas Tatu Marchesan, de Matão (SP), João Carlos Marchesan diz que a companhia está preparada para o crescimento do mercado. "Temos capacidade produtiva bastante elástica. Na safra 2003/2004, a maior demanda da década, conseguimos atender a todos", diz o executivo. A empresa fabrica 20 plantadoras por dia, mas tem capacidade para 35. Implementos como subsoladores, roçadeiras e distribuidores de adubo somam 300 unidades por dia.

"Se a demanda explodir será difícil atender em tempo hábil", acredita o gerente de Exportação da Baldan, Aparecido Sydney Cândido. Ele diz que, por enquanto, a fábrica de implementos para preparo de solo, plantio e colheita de grãos, instalada em Matão (SP), tem capacidade para atender a demanda. "Renovamos máquinas recentemente e contratamos mais gente", diz Cândido. Ainda assim, o prazo entre o fechamento do pedido e a entrega da máquina passou de 40 para 60 dias, em média.

Algo parecido aconteceu com a Jacto, que fabrica pulverizadores e colhedoras de café em Pompeia (SP). Segundo o gerente comercial Valdir Martins, por causa de limitações do parque fabril, a espera por uma máquina pode demorar mais de 90 dias.

Líder no segmento de tratores de até 50 cavalos de potência, a Agrale, com unidade em Caxias do Sul (RS), informa que a perspectiva para 2011 é de produção de 2,1 mil a 2,2 mil unidades. "Em 2010, produzimos 1,9 mil tratores", informa o diretor de vendas, Flávio Crosa.

FONTE: Estado de São Paulo



IAC lança acervo inédito sobre qualidade de pulverizadores no País


IAC lança acervo inédito sobre qualidade de pulverizadores no País

Programa Aplique Bem reúne informações sobre 700 máquinas avaliadas

A avaliação de pulverizadores — uma das atividades do Programa Aplique Bem —, desenvolvido pelo Instituto Agronômico (IAC), dará origem a um banco de dados específico e inédito sobre qualidade de pulverizadores no Brasil. O Programa reuniu informações sobre 700 máquinas, aproximadamente, avaliadas em três anos e meio de atividades do Aplique Bem. Por enquanto, trata-se de um amplo e diferenciado conjunto de informações que, após a finalização do banco de dados, resultará em listagem que classificará por tipo de pulverizador e por marca, por região e por tamanho da propriedade agrícola. Haverá também informações sobre desgaste de pontas, de barras e outros componentes, que poderão contribuir na identificação das causas dos problemas dos implementos. O banco, que ainda trará números de Estados e municípios visitados, quantidade de profissionais treinados, equipamentos avaliados e culturas envolvidas nesse cenário, será atualizado continuamente.


O lançamento do acervo inédito será na Agrishow 2011, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, no dia 5 de maio, às 10h, na área do IAC, no estande da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
“Um trabalho consolidado como esse, com diferentes equipamentos, usados em diversas culturas e em diferentes regiões do País é único no Brasil”, afirma o pesquisador responsável pelo Aplique Bem, Hamilton Humberto Ramos, que também é diretor-geral do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. O Programa é desenvolvido desde 2007 em parceria com a empresa Arysta LifeScience.


De acordo com o pesquisador, a análise dessas informações irá viabilizar o conhecimento sobre as causas dos problemas das máquinas. Ramos afirma que será possível saber se os defeitos se dão em função do uso e da manutenção inadequados ou se a falha está ligada ao projeto ou à engenharia do implemento. As análises das informações irão contribuir também para o melhor entendimento dos erros no processo de pulverização. “Esses dados irão servir para reorientar o próprio Aplique Bem – vamos melhorar a qualidade do treinamento porque teremos dados que mostram se o problema decorre de falha humana ou problema da máquina”, diz. Essas informações poderão ser usadas também pela indústria de pulverizadores, que poderá se basear na análise dos dados para planejar correções, caso o diagnóstico aponte para as etapas de projeto ou fabricação de equipamentos. Outro usuário dessas informações geradas pela pesquisa paulista poderá ser grandes empresas ligadas à commodity agrícola, como a soja. “Teremos um censo da aplicação de agrotóxicos”, diz.


Segundo o pesquisador, a atividade de aplicação de agrotóxicos com segurança e qualidade é composta por: boa máquina, bem regulada e operada por profissional treinado. “A qualidade da máquina influi diretamente na qualidade da aplicação, esse banco virá compor o tripé do Aplique Bem”, diz.


“O banco de dados trará uma nova face e uma nova fase do Aplique Bem”


É assim que o coordenador do Aplique Bem, Hamilton Humberto Ramos, resume a relevância do banco de dados que será gerado a partir de três anos e meio de atividade do Programa Aplique Bem. O diferencial dessa pesquisa científica — que se destaca pela intensa aplicação ao campo — é justamente a atuação no tripé: avaliação da máquina, avaliação da pulverização e treinamento do aplicador.


Para Ramos, capacitar o profissional é fundamental, mas é também relevante a avaliação dos equipamentos. O pesquisador relembra que, inicialmente, a prioridade do Programa era levar informações de qualidade ao profissional do campo. “Agora que já temos a estrutura de treinamento de qualidade, o Aplique Bem direciona esforços para a qualidade da máquina”, explica. Ramos ressalta que se trata de uma complementação no Programa e não de uma substituição de foco.


Aplique Bem


Com objetivo de levar à propriedade rural informações sobre aplicação de agrotóxicos com qualidade e segurança — com abordagem prática e real — o Programa visita propriedades rurais com o Tech-móvel – veículo adaptado para a realização de avaliação de pulverizadores – e profissionais capacitados para treinar os operadores das máquinas nas diversas regiões do Brasil. Em três anos e meio de atividades, treinou 18.500 operadores, nos Estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo. Recebeu quatro premiações, sendo três nacionais e uma internacional.


As informações são da assessoria de imprensa do Instituto Agronômico (IAC).


FONTE: Agrolink



Exportações do agronegócio atingem US$ 85,76 bilhões nos últimos 12 meses

O agronegócio brasileiro alcançou um novo recorde ao exportar, no acumulado dos últimos 12 meses, entre agosto de 2010 e julho deste ano, US$ 85,76 bilhões em produtos agropecuários. O resultado é 23,7% maior que o registrado nos 12 meses anteriores, quando o valor comercializado para o exterior foi US$ 69,36 bilhões. As importações, na comparação entre os dois períodos, aumentou 34,2%, passando de US$ 11,86 bilhões para US$ 15,91 bilhões. De acordo com o Ministério da Agricultura, o saldo da balança comercial do agronegócio cresceu 21,5% nesse período, ou US$ 12,35 bilhões, passando de US$ US$ 57,5 bilhões para US$ 69,85 bilhões.
Os principais compradores dos produtos do agronegócio brasileiro continuam sendo a China, com participação de 14,8%, os Países Baixos (7,4%), os Estados Unidos (6,7%) e a Rússia (5,7%). Entre os que apresentaram maiores aumentos percentuais nas compras, destacam-se Argélia (104,7%), Espanha (55,9%), Japão (49,3%) e Rússia (40,9%).
Em julho, as exportações do setor alcançaram US$ 8,47 bilhões, um aumento de 15,6% em relação ao mesmo mês de 2010. As importações cresceram 23,8%, chegando a US$ 1,41 bilhão, o que rendeu um superávit de US$ 7,06 bilhões. O saldo é 14,1%, ou US$ 873,5 milhões, maior que o de julho do ano passado. Segundo o ministério, os setores que mais contribuíram para os resultados positivos foram o complexo sucroalcooleiro, com aumento de 53,1% das exportações em julho, a soja, com crescimento de 31,6% e o café, com 12,5%.
Entre os três produtos mais vendidos no mês (complexo sucroalcooleiro, soja e carne), com mais de US$ 1 bilhão em exportações, a carne foi o único que teve retração no mês, de 3,2%. As exportações de carne de aves se expandiram, mas as de carnes bovina in natura e suína, esta última mais afetada pelo embargo da Rússia a frigoríficos do Rio Grande do Sul, Paraná e de Mato Grosso, diminuíram 22,5% e 17,4%, respectivamente.

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