12 de agosto de 2011


Agência japonesa R&I eleva nota do Brasil para BBB

Avaliação considera que o risco de a economia brasileira sofrer com as mudanças drásticas no cenário externo diminuiu

AGÊNCIA ESTADO

São Paulo. A agência de classificação de risco japonesa Rating and Investiment Information (R&I) elevou o rating (nota) do Brasil de BBB- para BBB, com perspectiva estável. O comunicado da empresa afirma que, com a emergência das famílias de renda média, "um robusto mercado doméstico está sendo criado no Brasil". Segundo a R&I, o risco de que a economia brasileira sofra seriamente com as mudanças drásticas no cenário externo diminuiu.
"A inflação está cedendo e, graças ao estrito respeito à lei de responsabilidade fiscal, a posição fiscal do país continua favorável", diz a nota. Enquanto o cenário da economia global se tornou mais conturbado, a administração fiscal e econômica do Brasil tem maior estabilidade, prossegue a R&I.
Para que a qualidade de crédito do Brasil aumente novamente, o governo precisa eliminar os gargalos do lado da oferta para o crescimento econômico, aumentando investimentos e fazendo esforços para mitigar as pressões inflacionárias ainda mais, diz a agência japonesa. Isso requer o aumento da taxa doméstica de poupança, que está atualmente abaixo de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) e um aumento na relação de investimento, de forma a não causar uma deterioração no balanço de conta corrente, acrescenta.
A agência afirma que o governo Dilma Rousseff "tem mantido firmemente a disciplina fiscal em linha com a lei de responsabilidade fiscal". Para 2012, a R&I aponta algumas preocupações, tais como as pressões de um aumento do salário do funcionalismo e das aposentadorias, num cenário de crescimento de dois dígitos do salário mínimo e da expansão dos gastos com construção de infraestrutura, como aeroportos, ferrovias e estádios para a Copa de 2014. "Mesmo assim, a R&I acredita que a possibilidade de que a disciplina fiscal do país sofra uma erosão séria é pequena."
A R&I havia elevado o Brasil a grau de investimento em abril de 2008. Na ocasião, a agência passou a nota brasileira de BB+ para BBB-.

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