22 de dezembro de 2011

BRASIL RECEBERÁ INVESTIMENTOS DE r$ 1,48 TRILHÃO EM OBRAS ATÉ 2016
Tema da pesquisa divulgada oficialmente pela Sobratema

Os principais investimentos em infraestrutura no Brasil até 2016 foi o tema da pesquisa divulgada oficialmente pela Sobratema-Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção, durante o II Sobratema Fórum - Brasil Infraestrutura - Cidades, evento que aconteceu na terça-feira (18), no auditório da Fecomercio, em São Paulo.

Na apresentação oficial da pesquisa, de autoria da Criactive Exit8, o eng. Mário Humberto Marques, vice-presidente da Sobratema, explicou que a primeira fase do estudo de 2010 envolveu 9.550 obras de 11 setores. Já a nova pesquisa são 12.265 obras divididas em 10 setores - que incluem Copa e Olimpíadas, num setor único - com investimentos de R$ 1,48 trilhão.

O palestrante destacou que, no ano passado, o BNDES lançou o Programa ProCopa Turismo que foi orçado em R$ 1 bi. Com o novo programa, o banco desesembolsou em 2010 só para o setor hoteleiro R$ 185 mi. Há uma tendência de crescimento de investimentos de valores superiores de R$ 7 bi até 2014 em toda a área turística. Na pesquisa foi identificado um volume de 81 obras no segmento de hotel&resort no valor de R$ 51 bi até 2016. A região Nordeste representa 76% dos investimentos previstos e a Sudeste, em segundo plano, com 23%.

De acordo com relatório apresentado em janeiro deste ano pelo Ministério dos Transportes, a Copa de 2014 envolverá 94 projetos de infraestrutura, somando R$ 23,8 bi de investimentos. A pesquisa da Criactive Exit8 demonstra que só em estádios e arenas serão necessários R$ 14 bi.

O desempenho da contrução civil está muito atrelado ao crescimento do País. O setor de infraestrutura é bastante dependente dos investimentos públicos. Segundo o relatório do World Competitividade Global (2011-2012), o Brasil ocupa o 104º lugar no ranking da infraestutura dentre 142 países. "O Brasil investiu 2,1% do PIB em infraestrutura (2006-2009), sendo que os desafios são grandes, desde mão de obra, investimentos, tributação, entre outros", destacou Marques.

A região Sudeste demanda os maiores volumes financeiros, com ênfase para São Paulo e Rio de Janeiro, sendo que Bahia, Pernambuco e Ceará também vêm se destacando em obras. Já a região Norte é importante pela produção de projetos responsáveis pela geração de energia elétrica.

No setor de combustível, a Petrobras anunciou investimentos de cerca de US$ 224 bi até 2015. Para exploração e produção serão investidos US$ 117,7 bi. No setor de gás serão US$ 9 bi. Para atender essa demanda será necessário a ampliação da capacidade produtiva brasileira. As obras em segmentos de combustíveis representam 46% do total dos investimentos.

Conforme revelou Marques, um dos grandes desafios do país está no setor de saneamento. "Para cada 1 real investido em esgoto e saneamento, economiza-se 5 reais em saúde e são gerados 42 mil empregos diretos e indiretos", frisou. Somente 55,4% dos domicílios brasileiros têm acesso ao sistema de esgoto, 11,6% usam fossa séptica para coleta e 32,9% das residências empregam soluções inapropriadas.

Até 2022 serão necessários recursos da R$ 206 bi para universalizar o sistema de escoamento e tratamento de esgoto. Do total de 12.265 obras, 7.390 (60%) são voltadas para a área de saneamento, consideradas de menor porte o que justifica o grande volume de empregos.

O trem de alta velocidade (TAV) é a grande obra na área de transporte que deverá consumir valores da ordem de R$ 34,6 bi para percorrer 520km de extensão. Os investimentos do PAC previstos para o setor são de R$ 16,8 bi, sendo R$ 12,6 bi para obras rodoviárias. No total, o PAC prevê investir R$ 42,5 bi em obras de infraestrutura.

O programa "Minha Casa MInha Vida", em sua segunda versão, prevê recursos da R$ 125,7 bi (R$ 72,6 bi em subsísdios e R$ 53,1 bi em financiamento). Este ano, o setor industrial deverá apresentar crescimento em torno de 2%. Em 2010 foi de 10,5%. Segundo a Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, os investimentos em máquinas e equipamentos, instalações, inovação, gestão e pesquisa e desenvolvimento devem atingir R$ 167,1 bi, em 2011.

No ano passado, o setor de shopping center faturou R$ 87 bi, com previsão de crescimento para este ano de 12%. Atualmente são 420 shoppings e mais 43 novos empreendimentos serão construídos até 2012.

Fonte: Canal Executivo

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